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IDIOMA - MOVIMENTO QUE NOS INTEGRA AO PULSAR DA VIDA - Christine Syrgiannis

 

A expressão falada ou escrita provem de um movimento interior - intenção - que se propaga como onda no ritmo mental, emocional e no respirar, desaguando no falar ou escrever. Esse movimento certamente está associado à identidade de quem se expressa. Tornar-se consciente dessa dinâmica pessoal traz um ganho global. A arte de se ensinar um idioma estrangeiro, como o inglês, ganha uma nova dimensão quando tratado a partir desta ótica.

 

Inicialmente, os elementos dessa dinâmica são reconhecidos no ouvir e ler. Cada idioma em si é um sistema organizado com uma determinada estrutura e ritmo, veiculando sentido. No caso do idioma inglês, o sujeito deve estar sempre claro, uma vez que os verbos pouco declinam, e a ordem das palavras na frase é definida - sujeito, verbo, complemento, se houver, as palavras relativas ao lugar, e tempo. Reconhecer a palavra-chave em cada parte da frase é importante para ênfase - o reconhecimento da intenção. Do ponto de vista da fonética, a letra E final não forma sílaba, o que requer que nos apoiemos em outra vogal da palavra. A não indicação da sílaba tônica por acentos, exige que afiemos os ouvidos para identificar qual a batida da frase. Afinamos, então nosso bater do coração e entendimento com o idioma. Aí está - um sistema - o idioma novo sendo absorvido como ritmo novo para poder se expressar. É como aprender a pular uma corda girada por outros. Quando nos expressamos, nós mesmos giramos a corda.

 

Ajustar uma onda - a pessoal - com outra - a do idioma - resulta no fluir da expressão em troca de informações, troca de idéias e desenvolvimento de um ponto de vista. Reconhecemos e produzimos informações objetivas nos primeiros estágios de aprendizado do idioma. Falamos da rotina, do que é, do que foi e do que planejamos. Nos estágios seguintes, a graduação do pensamento nos leva a falarmos de nuances de probabilidades, a perceber se o que é - está bom ou se pode ser aprimorado, usando nossa inerente habilidade de otimizarmos as coisas. Distinguimos o que deve ser feito do que poderia ser feito. Refletimos, estamos desenvolvendo os processos em que a vida se revela, a palavra a reflete. Passamos a ter unidade com o pulsar da vida.

 

O idioma faz sentido, nós fazemos sentido, a vida se revela em pulsar que captamos. E era só idioma...

 

As Várias Dimensões do Olhar - Christine Syrgiannis

 

Olho para o Ser, e vejo um sistema vivo se organizando e reorganizando, em permanente criação, de forma rítmica, com infinitas possibilidades. Seus aspectos visíveis revelam a inteligência invisível e amorosa de sustentação, com a qual o Ser interage dentro e fora de Si, enquanto Se percebe e percebe os níveis de realidade em sintonia com o Todo,  sintonizando o próprio pulsar ao pulsar da Fonte!

 

No idioma grego, a consciência da Fonte se revela na declinação das palavras. Por exemplo: Fós ek Fotón – Luz de Luz Verdadeira. Em português, usamos recursos como a letra maiúscula , ou o adjetivo Verdadeira para denotar que nos referimos à palavra primordial, relacionada à Fonte de Criação.

 

Olhar para Si com a consciência de estar ligado à Fonte, permite olhar para o outro nessa dimensão: a espiritual. No idioma inglês, diríamos I and Thou, sendo que Thou se refere a you – você – na dimensão do sagrado.

 

Quando Deepak Chopra, faz referência a As 7 Leis Espirituais do Sucesso -1994, associando-as aos dias da semana, a primeira lei - a consciência da Fonte - é lembrada  no domingo. Em um momento contemplativo, ao se olhar o mar, o céu, a comunhão com a Fonte pode se dar, e o sentimento de ser um com o todo desponta.

 

Esse olhar contemplativo descrito na poesia “The Naming of Cats” de T.S. Eliot, nos faz descobrir a identidade inefável de nosso Ser – nosso terceiro nome. O primeiro é o nome operacional, o segundo é o nome peculiar, mas a consciência deste  terceiro - o inefável – é que desponta no momento da contemplação. Este despontar, despertar, nascer de dentro para fora é o 'quebrar da casca': se um ovo se rompe por uma força exterior, a vida termina: mas se o ovo se rompe por uma força interior, a vida começa!

 

Grandes coisas começam a partir do interior...Olhar para Si e para o Outro na dimensão espiritual é cuidar para que chegue o momento do 'quebrar a casca'.  O respeito ao tempo e espaço que ele requer, alimentam nosso momento presente de comunhão com o Todo. A certeza e confiança na sabedoria do processo de criação, traz a reverência do aguardar o despontar da vida nova.

 

Todos nós temos vários exemplos de percepções desta comunhão com a Fonte, que podem ser facilitadas pelos Seres que fazem parte de nossas vidas e já descobriram seus próprios processos. Em meu caso, meu pai teve uma enorme importância em permitir que meus processos se desenvolvessem.

 

Nasci em Salônica, na Grécia, sendo recebida com uma poesia de meu pai, no dia de meu nascimento,que é um Hino à Vida. Viemos ao Brasil, minha mãe, minha irmã e eu, quando  eu tinha 9 meses. Fomos recebidos com imenso amor pelo meu pai que havia chegado 4 meses antes, para providenciar a casa, o trabalho, os móveis. Moramos em uma casa perto ao Horto Florestal, com muito verde e árvores frutíferas. A comunhão com a Natureza era uma constante. E o Olhar de meu pai...

Os aspectos operacionais da vida eram exercidos com a qualidade do sentido sagrado que lhes era atribuído. Cada gesto, na escolha de um alimento, na oferta de algo que vinha de encontro à aspiração única de cada um, tudo carregava um impulso ao “Seja você! Traga sua Luz ao que faz!”.

 

A valorização da Música, na busca da harmonia interior, nos enconrajava a iniciarmos nossos estudos de Piano, o que foi feito quando eu tinha 8 anos e minha irmã 10. Aos 13, meu presente de aniversário era um piano, privilegiando a expressão musical. Em seguida, a expressão falada e escrita em inglês seria impulsionada, o que se constituiria a partir de meus 19 anos, em um veículo de atuação junto ao Ser Humano.

 

Meus estudos em Matemática revelariam a importância das Leis Cósmicas, enquanto que a Análise de Sistemas propiciaria ao mundo liberar-se do trabalho repetitivo para poder se perceber na sua dimensçao humana. Optei por estar a serviço do humano, através do idioma inglês. Atuo junto a profissionais e acadêmicos de diversas áreas que precisam fazer apresentações, reuniões e relatórios no idioma inglês.

 

A percepção dos ritmos internos foi se revelando como um facilitador da própria expressão, que  desvelava um sentido mais profundo sobre os vários temas, trazendo consciência de Si.

 

Enquanto isso, a Ciência da causa e efeito não seria suficiente para explicar a ausência de filhos em meu relacionamento de mais de 12 anos, com um ser de amor na minha vida, apesar de que nenhum impedimento tenha sido identificado. Beirávamos o imponderável, conforme  nos disse um dos médicos que conduzia nossa pesquisa da razão disso ocorrer.

 

Esta seria a oportunidade de expandirmos as fronteiras científicas para a casualidade, além da causa e efeito à qual se limitava. A busca cessou, a direção do relacionamento mudou, e não havia mais um querer pré determinado. Era 1988, e eu não buscava mais respostas pré determinadas. Havia muitas perguntas, que trariam outras tantas, que apenas o amor  poderia responder.

 

Foi nessa ocasião em que fiz um curso de Teatro com muita improvisação – introduzindo o casual. Fui experienciando os nuances dos aspectos invisíveis do conhecimento: A Energia dos Raios, nuances de atitude e ação que eu vinha percebendo e utilizando.

 

 O 'balão' de minha vida que veio sendo segurado para ficar cheio de ar aquecido, precisava ser solto para voar. Novas dimensões estavam a chegar. Ao 'largar as amarras'  e não definir a rota do vôo, chego à possibilidade, aos 40 anos, da gravidez de meu filho Dimitriuz, que nasceu em 1994. É uma Ser de coração muito amoroso, um Presente Maior!

 

Continuei refinando minha percepção dos Nuances de atitude e ação,  desde a Criação até a  Apresentação de Propostas sobre diferentes temas em inglês. Mas foi  apenas no ano de 2004  que eu consegui expressar o que já vivenciava.

 

Desenvolvi  um Projeto Cultural que foi aprovado pelo Ministério da Cultura, mas ainda não surgia a oportunidade do livro no qual eu pretendia documentar toda essa percepção com resultados que as dimensões do olhar humano traziam. Eu sentia que precisava passar isso tudo adiante.

 

De fato, a segunda lei mencionada por Deepak Chopra, é lembrada na segunda-feira e se refere a Dar e Receber: somente temos o que damos. Somos canais de recepção do que nos chega pela Fonte, e para recebermos mais, é necessário passarmos para os outros, para fazer espaço... Era imperativo fazer isso.

 

Eu já vinha lendo e praticando “A course in Miracles” desde 1998 – um bálsamo de Amor e Paz  na energia Crística, que nos libera da restrição do pensamento da separação e sentimento de culpa, dizendo que 'Não precisa ser assim' , e que 'podemos escolher fazer diferente', ao identificarmos nossa inocência e expandirmos nossa Luz. No Grande Algoritmo, é ao passarmos o que criamos, que podemos juntamente do outro ascender a novos níveis de consciência.

 

A terceira lei que Deepak Chopra menciona, é lembrada na terça-feira e se refere à Ação e Reação. Ele sugere que prestemos atenção ao que nos move no que fazemos. Desta forma, percebo que a consciência do sentido de nossa ação emerge, o que  nos traz profundo entendimento de nós mesmos, por acréscimo.

 

Na quarta lei, lembrada na quarta feira, Deepak Chopra menciona o Mínimo Esforço, em que a Vida não desperdiça nada do que é essencial. No exemplo da reprodução humana, há a maturação de um ou dois óvulos por mês na mulher, sendo que se houver o encontro com o espermatozóide, o embrião ou embriões formados darão vida a  um ou mais seres. Não haverá excedente como na reprodução in vitro, quando se força a maturação de mais óvulos, para estatisticamente se proceder à formação de vários embriões, para ver qual será bem sucedido. O que fazer com os outros?

 

Acredito que uma intenção nossa, um desejo nosso deve estar em sintonia com as Leis da Criação. E é justamente sobre Intenção que se refere a quinta lei por Deepak Chopa, lembrada na quinta-feira. É importante que tenhamos uma intenção definida na aspiração em sintonia com o Maior. Alinhar nossa pequena vontade, às Leis Cósmicas, nosso amor ao Amor Crístico e nossa mente à Grande Mente revela o Poder da Vida, que compartilho em um escrito poético que fiz em 1997, em inglês.

 

Para que a realização, ou manifestação de uma intenção se dê, é necessário o Desapego  de nossa Intenção. Esta é a sexta lei por Deepak Chopra, que é lembrada na sexta-feira. Assim como quando plantamos uma semente, não convem que fiquemos revolvendo a terra para ver se a semente está germinando, igualmente, é no desapego de nossa intenção, que a semente rompe sua casca e se transforma no que É. Não estamos programando uma máquina, mas dando condições para que a Criação ocorra! A confiança se faz necessária. No Manual do Professor de Um Curso em Milagres, há a detalhada explanação de como se desenvolve a confiança, levando-nos a compreender que as mudanças inesperadas que possamos ter, revelam que o valor das coisas mudou. Um novo assentar  ocorre, que pode novamente mudar, até que sigamos com os afins, sem julgamento.

Dharma é a sétima lei por Deepak Chopra, lembrada no sábado. Ela representa nosso Caminho, e o que fazemos nos nutre como Seres. É a Realização com Auto Realização, que vem ocorrendo conforme desenvolvo os 12 nuances que levam da Criação à Apresentação de Propostas sobre diferentes temas em inglês – Uma Visão e Aproximação Rítmica  Interdisciplinar que foi tema de minha dissertação sob orientação da Professora Doutora Ivani Fazenda.

 

Chegar à Ivani Fazenda foi um Encontro com o afins, para descobrir na Interdisciplinaridade o Olhar da Dimensão Amorosa que permite que a Fonte de cada um encontre Caminho para se revelar. Caminho pesquisado no GEPI – Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Interdisciplinaridade, junto ao NEF – Núcleo de Estudos do Futuro do Prof. Dr. José Arnoldo de Hoyos Guevara, e INTERESPE – Interdiciplinaridade e Espiritualidade do Prof. Dr.  Ruy do Espírito Santo que abre esse espaço para compartilharmos como se deu o  'quebrar de casca' de cada um do grupo. 

 

 

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